sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Categorias de Radioamador

As categorias de radioamador são 3. Aqui fica uma breve descrição das frequências e potências permitidas em cada uma delas.

A Categoria C está limitdada a uma potência de 150 W e só permite operar nas bandas dos 2 m e dos 70cm, sendo que nesta última, só até aos 435 MHz.

A Categoria B permite uma potência de 750 W e permite operar todas as bandas de amador e amador por satélite, excepto os 20 m.

A Categoria A permite uma potência de 1500 W e permite operar todas as bandas de amador e amador por satélite.

Os indicativos usados pelos radioamadores portugueses começam todos por CT, sendo que estas 2 letras identificam o país. O terceiro digito identifica a Categoria e habilitações e as últimas 3 letras identificam o operador.

Para a Categoria C, actualmente são atribuidos indicativos CT5+3 letras.
Para a Categoria B, sem habilitação a transmissão em Código Morse, são atribuidos indicativos CT2+3 letras.
Para a Categoria A e para a B com habilitação a transmissão em Código Morse, são atribuidos indicativos CT1+3 letras.

Os colegas mais antigos têm somente 2 letras para identificação do operador e em alguns casos há indicativos cujo digito não identifica a Categoria segundo esta norma mais recente, exemplo os CT3 (Madeira) e CT4, que são Categoria A ou B.

Para os Açores o princípio é o mesmo mas as letras que identificam o país em vez de CT são CU (por vezes perguntamo-nos o porquê desta diferenciação, pois até parece que os Açores não são Portugal).

Os indicativos são atribuidos pela Anacom, depois de solicitada a licença de estação. Mas para solicitar a licença de estação há que fazer prova dos conhecimentos mínimos exigidos para cada uma das classes, através de exame para a legislação (Categoria C) e para as seguintes (Categorias B e A) através de comprovativos dos conhecimentos ou também exame específico.


Na foto, um exemplo de um Certificado de Amador (neste caso Categoria B, não habilitado a Morse). Para mais detalhes aconselhamos visita ao site da Anacom http://www.anacom.pt/

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

PMR profissionais

Existem muitos equipamentos PMR chamados profissionais, mas cujo profissionalismo se fica pelo nome. Se queremos de facto algo mesmo bom e que nos dê garantias de possibilidade de utilização em condições intessivas e por vezes mais extremas, temos que escolher as marcas que inquestionavelmente lideram o mercado das radiocomunicações.

A nivel Europeu e talvez até a nível mundial, escolheria a Kenwood, Yaesu e Icom. Tendo em conta que a Icom é das 3 aquela que já mais do que uma vez não respondeu aos nossos e-mails e aos nossos telefonemas, ficamo-nos pela análise das outras 2.

Os produtos que nos foram propostos pelas marcas, foram o TK-3201 da Kenwood e o VX-146 da Yaesu.
Em termos de normas, sensibilidade, resistência, dimensões e peso são muito equivalentes.

A Yaesu propõe-nos uma antena idêntica aos walki-talkies das faixas profissionais que requerem licença e que segundo a marca lhe aumenta a sensibilidade na recepção e o alcance na emissão.

A Kenwood contrapõe com uma bateria de Iões de Lítio de série, com uma capacidade de 2000 mA vs uma NiMH de 1600 mA da Yaesu.

Quando comparamos as 2 marcas com baterias de Iões de Lítio, o TK-3201 ganha uma vantagem substancial no preço, ao custar menos 50€ que o VX-146.

Por todos os motivos expostos, aconselhamos o TK-3201 para utilização profissional (179 €) e o VX-146 para utilização amadora, mas na versão mais barata, com a bateria NiMH (151 €).

Sublinhamos ainda que o custo do Kenwood em Portugal e Espanha é idêntico, mas o Yaesu consegue-se mais barato em Espanha.

A escolha... é sua !

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

CB ou uma forma simples de fazer rádio

CB ou Banda do Cidadão é uma faixa de frequência que vai de 26,965 a 27,405 Mhz e para a qual, à semelhança dos PMR, também não é necessária licença. No entanto os utilizadores desta banda estão obrigados a um Registo na Anacom.

Anacom é a Autoridade Nacional de Comunicações. Tem sede em Lisboa e delagações no Porto e nas Regiões Autónomas. Para mais detalhes aconselhamos a visita ao seu site http://www.anacom.pt/ . Também tem um óptimo serviço de atendimento para informações, seja pessoalmente, via telefone ou e-mail.

A CB trabalha numa faixa de HF, por isso as suas ondas propagam-se com maior facilidade que as dos PMR e permitem contactos a maiores distâncias. Os equipamentos usados em movel e em base são ligados a antenas exteriores, o que aumenta o seu raio de alcance. Os tipos de modulação permitidos são Amplitude Modulada, Frequência Modulada e Modulação de Fase. Os mais usados são o AM e o FM. No AM também está autorizada a modulação em faixa lateral única com portadora suprimida. As potências autorizadas são: 1W de portadora em AM e 4W em FM e 4W de pico em banda lateral única com portadora suprimida.

Se as potências de AM e FM não permitem contactos a grandes distâncias, os 4W de pico das laterais já permitem maiores distâncias e quando a propagação ajuda conseguem-se contactos muito interessantes.

A qualidade do conteudo de qualquer tipo de comunicação tem a ver com a educação dos comunicadores e o seu respeito pelos outros e pela sociedade, seja em discurso pessoal, via telefone, via rádio, etc.
A CB não é excepção e em alguns canais assistimos por vezes a diálogos ou mesmo monólogos, inqualificaveis e que nos levam a desligar o equipamento e a voltar mais tarde à frequência.
Mas também é justo dizer que não é só nas frequências da CB que tal acontece. Foi, por exemplo, com grande espanto que há poucos dias, à porta de um estabelecimento de ensino do 3º ciclo assisti a diálogos exactamente do mesmo tipo e com o mesmo conteudo... É triste, mas é o caminho que leva a nossa sociedade... Como pai não desisto de lutar para evitar que o meu filho siga essas pisadas e para já só tenho que dar graças a Deus...

A CB continua a ser uma modalidade de radioamadorismo engraçada para se dar os primeiros passos e para QSO (conversas) com grupos de amigos. Fala-se de tudo um pouco; do nosso país, das terras que visitamos, dos assuntos técnicos (rádios, antenas, cabos, medidores,...). Por vezes nem nos apercebemos do tempo a passar e por mais que se evolua nas classes de radioamador, o nosso equipamento CB tem sempre o seu lugar na bancada para, pelo menos, o nosso QSO semanal com os "macanudos" amigos.

Muito mais teria para dizer (escrever) mas deixo-vos a recomendação para visitarem dois sites portugueses que muito me ajudaram quando dei os primeiros passos na CB e que ainda hoje visito com alguma assiduidade: "Portugal Rádio CB" (http://www.radiocb.com/) e "Lusitânia CB" (http://www.lusitaniacb.com/). E no site do Portugal Rádio CB sigam também o link para a "Liga CB", que é a única organização a nível nacional que representa e defende os interesses dos radioamadores da Banda do Cidadão. Se quiserem ver rádios e outros equipamentos antigos visitem o site espanhol do "Museo CB", localizado em Cádiz (http://www.museo-cb.com/).

"73" e "até mais lima"

domingo, 11 de novembro de 2007

Uma forma de iniciação.

Uma das formas mais simples e baratas de inciciação no Radioamadorismo é a compra de um par de walkie-talkies PMR.

O que são estes equipamentos?

São pequenos aparelhos que trabalham numa banda de UHF (446 MHz), operam em FM, somente com a antena que trazem de fábrica e emitem com 0,5W. Não necessitam de licença, têm 8 canais que quando multiplicados pelos 38 tons de protecção, equivale a terem mais de 300 canais (perdoem-me os especialistas esta comparação simplista, mas estou a falar de inciação e para aqueles que ainda não são rádioamadores). São equipamentos que hoje em dia se compram a preços muito baixos e prontos a trabalhar; por exemplo, ainda ontem, num centro comercial vi um par Cobra (marca conceituada) por apenas 29€, com base dupla para carregamento e respectivas baterias recarregaveis. Há no entanto alguns chamados profissionais que podem custar 200€ e mais. Mas quando no mesmo canal, comunicam uns com os outros independentemente do preço que custaram!!!

Qual o seu alcance?

De facto esta é uma pergunta frequente. Em linha de vista alcançam cerca de 5 kms e em cidade variam entre 1 e 3 kms, dependendo dos obstáculos entre os 2 walkie-talkies. Se no entanto subirmos a uma serra conseguimos contactar a algumas dezenas de kms. Do 2º andar de minha casa, consigo contactar um colega que se encontra a cerca de 15 kms, mas também localizado num ponto muito alto. Há variaveis como a localização e a propagação que tanto nos pregam partidas como nos dão alegrias...

Já agora existem em Portugal e Espanha sites onde se faz o recenseamento dos utilizadores de PMR. Em Portugal estou inscrito no site Onda Livre com o código PMR96 e o meu filho com o PMR97; no site Portugal PMR tenho o código 054PPMR/186, Estação Odisseia PMR e o meu filho o 036PPMR/186, Estação Rocusho; em Espanha estamos registados no Club PMR (1º Club Iberoamericano de PMR), eu com o nº. 1730 e o meu filho com o nº. 2469.

As ilustrações deste artigo, são os equipamentos que nós possuimos e que até são dos mais baratos.
Este artigo foi um trabalho conjunto meu e do Tiago.

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

A minha pequenina estação de radioamador

É difícil explicar o prazer que este passatempo dá aos que o praticam... De facto trata-se de uma aliança contínua entre dois interesses.

O primeiro é o desenvolvimento técnico. É gostar de electrónica, de emissão, de propagação, de recepção... Fazer experiências com equipamentos, jogando simultaneamente com factores que não controlamos (por exemplo a propagação) e chegar o mais longe possível com a menor potência.

O segundo é o prazer de comunicar. Sim, o radiomadorismo também proporciona esse prazer. É conseguir contactos fora do nosso habitual raio de acção. Repetir esses contactos. Trocar opiniões sobre os mais variados assuntos, mas pricipalmente sobre a técnica. Acabar a frequentar as feiras da especialidade onde o pessoal também se encontra "na vertical".

Eu não tenho uma grande estação de radioamador, mas continuo a sonhar em vir a ter... Também não posso relatar grandes experiências, mas é com o maior prazer que hoje vos dou a conhecer a minha estação.

Em HF o meu equipamento é reduzido, opero somente nos 10 e 11 metros. Os 11 metros são conhecidos como a Banda do Cidadão e nesta banda há que ser muito selectivo e evitar frequências que são habitualmente palco de conversas pouco agradáveis.
EM VHF e UHF opero em frequências directas (para as distâncias que a propagação permite) e via rede nacional de repetidores, que da minha posição permitem fazer quase todo o país (em V claro).

Depois tenho por cá umas fontes de alimentação, uma power sation e ainda um gerador para as falhas de energia... Um radioamador tem que estar sempre pronto para ir para o ar, principalmente em situação de catástrofe; relembre-se que após o tsunami na Ásia as comunicações foram asseguradas pelos radioamamdores e na Louisiana, toda a operação de resgate contou com a preciosa colaboração dos rádioamadores, da Banda do Cidadão e até dos FRS (Family Radio System; equivalente aos nossos PMR - Personal Mobile Radio).

Tenho ainda alguns medidores que ajudam a controlar os equipamentos e o sinal que vai para o ar.

E claro as antenas, para base e para movel. Mais aqueles acessórios indispensáveis (multimetro, comutador, altifalante suplementar, fichas...).

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Primeira menxagem radioamadorística

Break

Obrigado por me permitirem transmitir.

Saudações cordiais a todos quantos estão sintonizados neste blog.

Há muitos e bons sites a nivel mundial sobre radioamadorismo.
Não tenho qualquer ambição de rivalizar com eles.
Vou somente trazer aqui algumas opiniões sobre o assunto e partilhar com vocês a minha pouca experiência.
E sempre que se justificar alertar-vos para tudo o que de interessante eu descobrir nesses sites.

Deixo desde já a minha homenagem a todos os bons radioamadores que contactei via rádio ou cujas páginas já acedi na net e que tão importantes têm sido no meu percurso de aprendizagem.

Bem hajam.
73
António